sábado, 27 de agosto de 2011

Me, Myself, and I

" A paixão nos liga ao sofrimento, e através desse sofrimento encontramos nosso karma, e lidamos com ele, e crescemos para poder entender e superar a situação."
Foi com uma frase mais ou menos assim que minha terapeuta encerrou a última sessão, e me deixou com material para refletir durante o final de semana.

Percebo cada vez mais o qto a gente é condicionado a "comprar" uma realidade que nem sempre corresponde às nossas verdadeiras necessidades, ou expectativas. Sem  querer colocar ninguém no papel de vítima, claro, nós mesmos, sem criticar, analisar ... aceitamos determinados padrões expostos como a verdadeira felicidade, ou o caminho para se atingir esse estado de espírito. Nada de novidade até aqui.

No meio dessa caminhada, meio cambaleantes, meio deslumbrados com tantas informações, vamos crescendo e evoluindo. O trajeto original, que nos levaria a determinadas situações, ou ao encontro de determinados contextos, é constantemente modificado por nossa ignorânica, e impulsos inferiores, que na ânsia e impaciência típicos da nosso amadurecimento emocional atual, atropelamos a ordem natural das coisas.

Pra ser feliz é preciso ter tal coisa, ou ser de tal forma. Então vamos atrás do sonho dourado. A medida que não encontramos, ficamos mais carentes e solitários. E quando esbarramos com algo que poderia talvez ser aquilo que desejamos (ou que nos dizem pra desejar), despejamos toda nossa expectativa naquele objeto de desejo, mesmo que seja esse objeto, uma pessoa.
Claro que esse objeto não nos tornará mais felizes, é então que percebemos o vazio no qual entramos, e não havíamos nos dado conta, pq ao invés de prestar atenção em nós mesmos, estávamos ocupados demais, buscando aquilo que nos disserem que é o necessário pra ser feliz.

Mas, como tudo tem um lado positivo, também através dessa loucura, dessa busca externa nos expomos  à situações constrangedoras, dolorosas, e nos mostra , se prestarmos atenção, tudo aquilo que ainda temos de  melhorar em nós mesmos. Essas paixões desenfreadas, que aprisionam, oprimem, sufocam, nos conduzem a um processo que pode ser na verdade, muito libertador!
Claro, se estivermos dispostos a assumir nossa responsabilidade, e olhar com cuidado para o estrago feito, e perceber o quanto ainda somos imaturos, e mal sabemos o básico.

No momento, esse básico pra mim consiste em : me perguntar oq eu realmente quero, aprender a me amar como eu realmente sou, e me desintoxicar de tudo aquilo que não preciso, ou talvez nem deseje de fato, ou que nem seja meu realmente.

Sejam sentimentos, status, atitudes, pensamentos ... enfim. Por mais clichê que pareça, pra mim tem sido um processo de descoberta e crescimento. Dolorido as vezes, mas na maior parte do tempo, silencioso e calmo.




segunda-feira, 15 de agosto de 2011

... novos projetos.

Estou me re-organizando.

Depois de passarmos por qualquer processo no qual nossas emoções, valores e sentimentos são retirados das gavetas e espalhados no chão, a gente aproveita que tá tudo bagunçado pra eliminar aquilo que não nos faz bem, e aquilo que nem faz mais sentido manter guardado.
Velhos hábitos, velhos julgamentos de certo x errado, mágoas, preconceitos, etc ...
Isso leva um tempo, não é fácil, mas é muito enriquecedor. Confrontarmos a nós mesmos, sem artifício, máscara ou coisas assim.
O importante é parar de nos enganar, e ter a humildade de reconhecer nossas fraquezas. E são muitas!
Somos humanos, não temos (ainda) a obrigação de sermos perfeitos, não nesse momento de nossas vidas. Mas nossa obrigação, conosco mesmo, é perceber oq nos impede de crescer, e superar a nós mesmos. Sem culpa, sem medo, sem pressa ... cada um no seu tempo.

Eu estou dedicando um tempo a isso. Sei que parece piegas, clichê e muito livro de auto-ajuda comercial, mas tem me feito bem essa desintoxicação emocional, e pretendo seguir fazendo isso por mais algum tempo.
Tem me fortalecido, e me re-equilibrado.
Até um clube do livro estou tentando organizar. Trazer pro meu dia-a-dia discussões mais sérias, e que tragam algum benefício concreto. E melhor ainda se isso for num ambiente descontraído, e cercado de amigos queridos!

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Sintonia...



A cada dia me sinto melhor. Isso tem me trazido novamente a paz e a serenidade no cotidiano.
Sei que ainda não estou 100% fortalecido, e que as vezes apenas ler um determinado nome na bina do celular que toca desestrutura totalmente meu dia (ou noite).
Mas como alguns amigos e até minha terapeuta têm me dito, eu preciso reagir e enfrentar. Deixar de me colocar numa posição de refém. Os traumas, depois de qualquer processo violento que experimentamos, são naturais, mas não podemos deixar que esses traumas nos criem medos, pq os medos nos paralisam, nos impede de aproveitar a vida, e é como se eles agissem de forma a nos levar a alimentá-los, entende!?
É como se quanto mais medo sentimos, mais eles se fortalecem. Então é preciso que nós (e somente nós) os encaremos e eliminemos esse mal pela raiz, pq na verdade, quase sempre os medos não se sustentam quando confrontados. São muito mais ilusões que situações reais.

Claro que a violência está solta aí fora, claro que a loucura das pessoas é algo imprevisível ... mas e aí!? Até quando vamos alimentar sentimentos tão destrutivos em nós, baseados em situações hipotéticas!?
Mas tudo tem seu tempo, e cada um de nós encontra o seu próprio. Aos poucos, devagar e naturalmente, a gente vai abrindo de novo as janelas e deixando o sol entrar, iluminar e aquecer a nossa vida, e mostrar que se tivermos uma atitude positiva de amor, para com o universo e com os outros, receberemos de volta essas energias salutares que emanamos. Ação e reação.
A nossa mente é tão poderosa, tão maravilhosa, e nós ainda tão imaturos ... como crianças ainda descobrindo o próprio corpo. No caso, estamos experimentando um corpo além do físico e material que vemos e apalpamos, mas descobrimos e exploramos um corpo energético, de emoções, sentimentos,  intenções, vibrações ... que atrai para junto de si, contextos que se harmonizem com ele ... seja bom ou mal.

Pq a natureza procura sempre um equilíbrio! Somos todos seres em união com o todo, querendo ou não. Não somos seres isolados do restante do universo, não ... estamos interagindo o tempo todo.
Enfim, essas noções que há muito leio e estudo, aos poucos começo a vivenciar e entender na prática a importância de uma constante harmonização com as demais energias que nos cercam.
A importância de um estado de serenidade e consciência, nos momentos de alegria, e principalmente, nos momentos de crises!