sábado, 30 de julho de 2011

Sinto Muito, me perdoa! Obrigado, eu te amo!

Ho'oponopono.

Sempre buscando...



Fiquei uns dias sem escrever.

Achei que era mais urgente buscar formas de entender melhor, de discutir minha vida, seus acontecimentos ...
Aquela velha história de ação e reação.
Comecei a fazer terapia. Quando criança, meio que sem ter consciência, minha mãe me mandou pra terapia pra eu deixar de ser tímido. Pra mim parecia mais uma mistura de recreação com aqueles testes do detran, sabe!? Quando a gente vai tirar ou renovar a carteira!? ... então.
Depois, quando me mudei pra cá pra fazer arquitetura, senti muito a mudança de ambiente, a separação da família (embora meu discurso naquela época fosse de liberdade, de independência ... ).
Fiz apenas umas 2 ou 3 sessões. A terapeuta seguia uma linha "psicodramática", e apesar de ser uma pessoa amável, não consegui me abrir e interpretar de forma teatral o contexto em que eu estava inserido. Enfim, não foi muito produtivo.

13 anos depois, agora com um pouco mais de consciência, resolvi buscar uma terapia que, aparentemente, é mais parecida comigo, com minha forma de ver o mundo, e talvez isso facilite a interação entre paciente e terapeuta.
Eu já vinha pensando em começar a discutir com um profissional, todos os meus bloqueios, principalmente relacionados a relacionamentos afetivos ... e depois dos últimos acontecimentos, fui em busca de terapia para me fortalecer.
Para me acalmar e me fazer voltar pro eixo, pq sinceramente, acho que nunca me vi tão abalado emocionalmente, tão fragilizado e vítima de um agente externo como recentemente.
Já fizemos duas sessões, e tenho gostado muito. Ela segue uma linha junguiana, e aborda uma visão holística da vida, e mais, sempre ao final das sessões, fazemos um reequilíbrio energético com reiki. Sim, ela é mestre em reiki, e eu acredito (e sinto) a importância dessa harmonia.
Particularmente, eu acho que somos parte de um conjunto, então fica difícil pra mim entender qualquer problema como algo separado de um todo. Acho que matéria e espírito, pensamentos e ações, ações e reações, vida presente e passada, emoções e acontecimentos ... enfim, acho que é tudo muito ligado, muito conectado, e organizado por uma inteligência superior. Mas isso é assunto pra outro post.

De qualquer forma, já na primeira sessão, conversando quase que de maneira despretensiosa ela me apresenta um interessante método de auto-cura e harmonização, chamado ho'oponopono, que até então era totalmente desconhecido para mim. Trata-se de uma antiga técnica havaiana resgatada para ser novamente aplicada hoje, no nosso tempo, quando tantas pessoas, como eu por exemplo, cercadas de tecnologia e acesso a tantas informações, se sentem em desarmonia ou em desequilíbrio com o restante do universo, muitas vezes sem entender o pq.

E assim venho praticado (com a incrível simplicidade do método) e tenho me sentindo bem melhor. Mais focado em mim, e mais fortalecido para encarar de frente a mim mesmo, e tudo oq isso envolve.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

... e tudo vai voltando ao seu lugar.



Quase uma semana se passou.
Tudo vai voltando pro seu lugar, aqui dentro.  A poeira vai baixando e a gente vai percebendo o tamanho da bagunça. O problema nunca foi arrumar a bagunça, mas não saber o tamanho do estrago.
Meu coração ainda se acelera quando o celular toca, mas isso deve ser apenas paranóia minha.

Pelo menos tenho lido bastante, isso me acalma e ensina. Procuro me cobrar menos, e me aceitar mais.
Não que eu tenha cometido algum erro, mas aceitar mais as minhas (in)decisões, minhas angústias, medos, e etc ... confrontá-los ao invés de ignorá-los, ou espantá-los.
Acho que encarar de frente, se aproximar daquela sensação que te incomoda, procurar entender oq se passa, suas limitações diante de algumas questões, enfim, tudo isso me parece uma maneira mais sensata de procurar se superar, de dar um passo adiante.

Aquela "estratégia" pronta de ligar o foda-se e seguir em frente pode ser mais fácil, mais imediatista, mas la na frente perceberemos (eu percebi) que não há outra maneira de passar pro próximo nível se vc não aprender todas as lições.
Quando digo aprender, não é necessariamente não sentir mais medo, ou não ter mais dificuldade de enfrentar determinados momentos na sua vida, mas sim, reconhecer sua maneira de ser, de agir ... e aceitar isso como algo natural, da vida, do ser humano.
Depois de se aceitar dessa forma, aí sim vc pode ter mais clareza, mais amor próprio para se ajudar, mais sabedoria para se respeitar, e assim, amadurecer.

Não temos que seguir um B + A = BA pronto, daqueles que a gente vê e aceita, nos comerciais de TV. Nascer, crescer, namorar, comprar um carro "X", viajar pra lugar "Y", ser assim ou ser assado ...
Eu sei que tudo que estou falando é bem clichê, e nada novo, mas me sinto bem em escrever pra mim mesmo (e pra quem estiver lendo), e reforçar que : cada um de nós é único! E temos de nos amar como somos, e nos melhorar, claro, sempre melhorar, mas seremos sempre únicos ... não há necessidade dessa paranóia de querer ser um modelo publicitário que vende um estilo de vida, para sermos aceitos!

Acordei meio poético e "revolucionário" hoje! rs...

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Depois daquilo...



Que final de semana!
Sábado fiquei em casa, aluguei uns filmes, e fui dormir cedo. Haviam convites pra festas, mas preferi ficar quieto.
Acordo às 2h da madrugada, com a campainha tocando insistemente. Alguém tenta abrir a porta trancada da sala. Fico em pânico.
Mesmo morando em apartamento, aparentemente não possuo a segurança de um condomínio. Era alguém que fez parte de um período recente da minha vida, e não aceita o fato de que eu virei a página e ele ficou no passado.
Foi muito estranho. Foi invasivo, foi dramático. Eu nunca tinha vivido nada assim.
Ele não queria ir embora, e eu calado dentro do apto, ouvindo os passos, a voz dele se recusando a sair e a do porteiro, "tentando" pacientemente conduzí-lo pra fora.
Ele insiste, atira objetos na minha janela (moro no primeiro andar), e chama pelo meu nome.
Eu apenas em silência, dentro do apto, com as luzes apagadas. Não sei como reagir. Enfrento e me imponho!? Fico na minha e aguardo tudo passar!? Chamo a polícia ou o síndico!?
Enfim ... passaram-se uns 30 minutos de agonia, que me pareceram horas. Tudo se acalma de novo.

O interfone toca, e o porteiro-sem-noção diz que ele quer falar comigo de qualquer maneira.
Meu telefone toca, eu atendo. Do lado de lá, alguém que já não reconheço.
Uma voz desesperada pede pra em ver, pede minha atenção ... quer que tudo volte a ser como foi um dia.
Parece letra de música cafona, mas na vida real tudo é muito menos engraçado.

Eu, já bravo e com raiva, reforço minha posição de "siga sua vida, e afaste-de de mim!".
Ele se acalma, vai embora. Desligamos o telefone.
Eu continuo na sala, sem acreditar em tudo oq acabo de viver. Que situação! Como assim, eu dormindo e sou acordado com um louco batendo à minha porta!!!

Depois daquilo tudo eu não consegui dormir direito, e passei o resto da noite semi-acordado.
E até agora eu ainda estou confuso, assustado, com raiva, e com medo.

Tudo agora é silêncio, e eu fiquei depois desse episódio, meio paranóico. Se o telefone toca, vem um frio na barriga. Vontade de me mudar de apartamento, de cidade ... de país!
Penso em talvez fazer uma viagem só pra me distanciar de tudo isso, ao menos nesse momento. Mas somente planejo, o trabalho não permitiria me ausentar por agora.
Me sinto impotente, sozinho, e quase vítima. Sensação que tento evitar, e procuro a força que possuo dentro de mim, pra não me abalar mais que o necessário, ou mais que o permitido. Afinal, quem ele pensa que é pra me coagir dessa forma!?!

Não durmo bem desde sábado, e hoje, segunda-feira, estou cansado. Mentalmente cansado, sabe!?
Tinha planejado recomeçar a academia hoje, focar em outras coisas que me fortalecessem, e que me ajudassem nesse processo já naturalmente dolorido, e que agora ficou ainda mais difícil.

Todo o drama desse término de relacionamento vem se arrastanto há algumas semanas. Tudo ainda muito recente, como já falei, um dia conto aqui. Por isso talvez pareça exagero da minha parte, minha reação diante do fato narrado resumidamente acima. Mas tudo tem um contexto, e essa invasão foi apenas mais um episódio nesse caítulo final. Parte do meu medo é justamente não saber se isso foi o ato final, ou terei mais alguma surpresinha na sequência.

Mas tudo bem. Eu sei que tudo passa. E acredito que tudo oq nos acontece, de alguma forma, é um aprendizado, e nos faz amadurecer. Talvez nesse exato momento eu ainda não tenha condições de me ver assim, mais maduro e fortalecido, mas daqui a pouco a ficha cai, e eu entendo a moral da história.
Vou apenas tentar não ter uma atitude derrotista, ou vitimada, diante da situação. Retomar, antes da academia, a minha força de seguir em frente, e não permitir que qualquer elemento externo, me desequilibre interiormente.
Ando tão "auto-ajuda" ultimamente!

sábado, 9 de julho de 2011

Segunda-feira...



Ok, chega! Resolvi começar a me movimentar e sair do "luto".
Depois de quase 3 meses sem ter disciplina, me exercitando sem regularidade alguma, resolvi acordar pra vida.
Eu gosto de me exercitar, em especial correr ao ar livre. Academia, musculação, pegar peso, aulas, etc... é bom pra socializar e trabalhar melhor os músculos, mas confesso q acho um pouco chato.
Correr ao ar livre, ouvindo minha música e pensando na vida (ou apenas não pensando em nada) é oq realmente me relaxa e revigora. Embora não seja atleta ou participe sequer de grupos de corrida, eu vou voltar a ter uma regularidade nos treinos. Segunda-feira!

Ontem saí com alguns amigos à noite. Foi bom, e até combinei de correr com o Rafa a partir da próxima semana.

Antigamente eu tinha uma ilusão arrebatadora de que ia me tornar um quase atleta (?!), super disciplinado, e com um corpo incrível. Com o tempo percebi que isso não é pra mim. Talvez um corpo mais bem trabalhado, e um condicionamento físico bacana sejam consequências muito bem vindas, mas não tenho a pretensão de me transformar em algo que simplesmente, não sou!

Eu acreditava que uma imagem de saúde era a única forma de mostrar pra mim, e pros outros, que eu estava bem. O irônico é que hoje eu não me preocupo com isso, em parecer algo pras outras pessoas, como se tivesse que provar alguma coisa, mas acabei tomando gosto por esse estilo de vida.
Sim, pq praticar esportes é na verdade um estilo de vida. Por exemplo, vc se torna mais diurno, e naturalmente, começa a tomar gosto por coisas mais sadias ... frutas, sol, piscina, suor... etc.
Um dia vc percebe que é uma delícia fazer atividade física pela manhã, aí na noite anterior quando sai com os amigos, vc evita beber, ou bebe menos, pra acordar cedo no dia seguinte e uma coisa vai levando à outra, e quando vê ... vc parou de fumar, dorme mais cedo, quase não bebe ... enfim. Mas tudo sem ser aquele chato, que sai e acha que seu modo de viver é mais legal que o do outro, entende!?

Na maioria das vezes eu corro sozinho, vou à academia sozinho (embora sempre converse com alguns conhecidos durante os exercícios), e até ao clube eu por vezes vou sozinho. De novo, eu e essa minha mania de me isolar. Será que algum dia eu voltarei a ser aquele menino que tá sempre cercado de gente, e cujo telefone não pára de tocar!? Será que quero ser assim de novo!? ...

Close up!

Não me canso de apreciar os retratos de Martin Schoeller.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Meu porto seguro ...


Tenho dedicado os últimos dias à leitura, família, dolce far niente e claro ... cuidar do meu porto seguro, minha casa!
Ambiente aconchegante, acolhedor, que tem a capacidade de me transportar (ou seria isolar) pra outro universo. Um universo calmo, cheiroso e tranquilo, longe do barulhento e caótico mundo "lá de fora".

Tudo bem, eu sei, na vida real não é tão poético assim, mas eu me delicio e aproveito cada segundo que estou em casa. Nos últimos anos me tornei uma pessoa muita caseira. Quase um caracol ...
A cada dia fica mais difícil pros amigos competirem com meu sofá.

Gosto de estar sozinho. No inverno, tomo banho quente depois do trabalho, preparo um lanche ou um chá quente, me sento em frente à TV pra ver alguma bobagem, ou ligo o som e vou ler. Nos dias quentes de verão, gosto de sair pro clube, correr no parque ... e chegar em casa, onde está sempre fresquinho, e relaxar vendo um filme.

Uns me dizem que estou fugindo, me fechando, me tornando anti-social ou velho. Mas eu prefiro achar que é um direito meu querer ficar quieto no meu canto.

Há 4 meses eu vinha dividindo e abrindo esse santuário (?!) pra outra pessoa. Um relacionamento onde ambos disfrutávamos da minha casa, e ao que tudo indicava, estava se tornando nossa casa.
Mas as coisas não saíram bem como esperávamos e, num rompante acalorado, tudo se acabou. Me fechei novamente no meu reino encantado, e agora vai demorar mais um pouquinho para eu deixar outra pessoa se sentir dono também.

Ontem visitei meu irmão, e percebi que até minha família ficou do lado de fora da minha casa, já que nem eles me visitam. Isso me pareceu um forte sinal que talvez eu tenha me empolgado com minha própria companinha, e exagerado no modo caramujo de viver.
Com cuidado, com calma, vou procurar organizar um almoço aqui, uma sessão de filme ali ... e trazer pra perto de mim, pessoas queridas que irão tornar esse lar um lugar ainda mais especial. Com boas energias, boas vibrações e muitas risadas. Afinal, um lugar aconchegante mas muito isolado, intocado, pode facilmente se tornar apenas um cenário bonito.
Sem alma, sem calor, apenas um lugar agradável aos olhos, mas nem tanto ao coração.

Sendo assim eu já comecei a me mover. Comprei almofadas novas pra sala, e na sequência vou ver oq posso melhorar em cada ambiente, pra acolher melhor todos aqueles que me são queridos e que não precisam, nem devem, ficar afastados de mim. Coisa que tenho feito há tempos!

Mas tudo são fases, tudo é amadurecimento. Tenho tentado não me culpar ou cobrar por minhas atitudes.
Quem sabe um dia eu até aprenda a cozinhar pras visitas! rs...

terça-feira, 5 de julho de 2011

Tranquilidade...




Depois de um tempo a gente vai desacelerando. Após passar por uma tormenta, a gente sempre encontra o silêncio, o vento no rosto, e uma paisagem que requer calma, coragem e determinação para ser reconstruída.
É mais ou menos assim que eu me sinto agora.
Depois de um término relativamente doloroso, melhor, um término brusco e agressivo, ao menos para mim ... me sinto como um animal, que sai da toca e vê a paisagem que conhecia e que estava acostumado a lidar, bem agredida por algum agente externo. Talvez um vento forte, ou uma chuva intensa. Não interessa bem agora ...
O que importa é que será necessário algum esforço para reconstruir tudo. Mas isso não significa que seja algo negativo. Pelo contrário, é só tirando tudo do lugar que podemos avaliar a disposição das coisas, e se fazem sentido estar no lugar que estavam.
Quando nos tiram aquela sensação de conforto e segurança, é que temos a chance de nos conhecer melhor, de nos auto-avaliar e então, questionar tudo.
O quê precisamos mudar, oq não queremos mais, oq queremos ainda, no quê nos transformamos, para onde estamos caminhando ... enfim ... tudo!

É assim, aos poucos, devagarinho, que vamos eliminando as culpas, eliminamos aquilo que tomamos como verdade, e vemos que não fazem sentido algum pra nós ... padrões de comportamento, de beleza, de valores ... tudo passa por uma revisão.
E por mais doloroso que seja, é fundamental fazermos essa faxina, de tempos em tempos. Faxina essa que muitas vezes só acontece devido a algum fator externo, já que nem sempre temos coragem pra "mexer em todas as gavetas".

Me encontro assim, num momento de faxina! Tudo ainda fora do lugar. Mas diferente de outras faxinas, dessa vez não tenho pressa, nem meta, nem lema ... dessa vez eu vou com muita calma.
Pq agora eu me sinto assim, calmo, mais sereno para avaliar todas as perdas e ganhos, e procurar com mais cautela em todos os cantos ... em todas as gavetas.

Quero enxergar tudo com clareza. Me enxergar. E isso talvez leve um tempo. Tudo bem.
Sei que isso, no futuro, me trará tranquilidade. Me fortalecerá para as próximas tempestades.
Pq afinal, oq seria de nós, se não nos fortalecêssemos para enfrentar todas as intempéries naturais (e inevitáveis) da vida!?





Me deixa!



Desde a última semana, depois de me tornar solteiro novamente, tenho ido pra cama às 21.30h / 22h no máximo!
Dormindo 9h / noite. Seria fuga? Ah, me deixa ... pelo menos nos próximos dias, acho q mereço (preciso)  me recolher na calma do meu quarto, e descansar a cabeça.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Cólo!

Viajei com meus irmãos nesse final de semana.
Fomos pra casa dos nossos pais, a 300km de onde moramos. Fica no interior.
Saudosismos à parte, sempre bom cólo de mãe né! rs...

Comprei um livro pela internet na semana passada. Chegou hoje.
Mais tarde, quando sair do trabalho ... já tenho programa definido.

Meu plano na academia venceu, e não renovei. Ando sem saco pra malhar, embora esteja animado pra voltar a correr. Correr me relaxa!
Vou dar um tempo na disciplina (apesar de que já não malho há uns 3 meses), e voltar a malhar de verdade quando sentir vontade. Sem neura ... vou dar tempo ao tempo.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Entrega x bom senso ...

Ontem fui almoçar com uma amiga querida. Desanuviar a cabeça, receber colo, falar... falar... falar ... ouvir, enfim. Essas coisas todas que fazemos quando estamos passando por momentos difíceis, como quando terminamos uma relação, por exemplo.
Conversamos basicamente sobre a complexibididade da alma humana (mas de uma maneira descontraída, e nada chata), e sobre como não nos conhecemos, nem conhecemos o(s) outro(s).

As vezes pensamos em como tudo pode ser previsível. Um passo-a-passo que se segue em qualquer relação, e de repente ... tudo toma outro rumo. Nesse momento percebemos o quanto somos despreparados emocionalmente, e o quanto não sabemos lidar com situações inusitadas, com o "não", com coisas que não acontecem como gostaríamos, ou no momento que queremos.
Somos ainda, crianças mimadas, fazendo birra e dando chilique (?!) quando nos tiram um brinquedo.
Na superfície, a maioria usa uma máscara de bom moço, de pessoa sensata, de pessoa "de bem com a vida", ou auto-suficiente ... mas é só quando vc vivencia uma situação extrema que somos testados em nossa capacidade de manter um equilíbrio diante do (aparente) caos.

Li outro dia a importância em não nos apegarmos demais à sensação de estabilidade da vida, do futuro, ou à falsa sensação de controle de alguma coisa. Isso é utopia. A vida é dinâmica, com altos e baixos, com momentos acelerados e outros nem tanto. Tudo está em movimento, e existe uma força maior que comanda tudo isso, para que naturalmente, essa instabilidade se torne um equilíbrio. Sempre!
A vida é uma sequência de acontecimentos, aos quais reagimos e criamos outros novos cenários.

Entendem!? O equilíbrio está justamente nessa dinãmica. E quando aprendemos a relaxar, e deixar tudo seguir seu curso natural, segurar a ansiedade ... as coisas vão encontrando seu devido lugar.
Ir contra isso é algo que, pra mim, é anti-natural. Como se forçássemos os acontecimentos, ainda que por um período determinado de tempo, para que tudo conspire a nosso favor.
E na verdade, essa vontade de controlar tudo, na maioria das vezes só faz atrapalhar, interferimos mais do que deveríamos.
Mas ao mesmo tempo, como bom libriano ... penso qual seria o limite entre a entrega à uma determinada situação que me tira de uma suposta zona de conforto atual, e o que é bom senso, para utilizar meu livre arbítrio e decidir "não quero isso pra minha vida".

Depois de muito pensar, e, claro, não chegar à uma conclusão definitiva, oq me pareceu mais razoável foi observar como esses acontecimentos inesperados interferem na nossa vida. Dar espaço para que eles se aproximem, e se for algo que nos trará um crescimento, de alguma forma, naturalmente esse novo cenário se instalará em nossas vidas ... e sendo algo que poderá se configurar como uma "latada", uma manobra errada, no fundo teremos além do sentimento natural de medo do desconhecido, um desconforto íntimo grande, que é na verdade, o sinal de alerta que procuramos quando nos perguntamos "devo seguir em frente" ?!