segunda-feira, 11 de julho de 2011

Depois daquilo...



Que final de semana!
Sábado fiquei em casa, aluguei uns filmes, e fui dormir cedo. Haviam convites pra festas, mas preferi ficar quieto.
Acordo às 2h da madrugada, com a campainha tocando insistemente. Alguém tenta abrir a porta trancada da sala. Fico em pânico.
Mesmo morando em apartamento, aparentemente não possuo a segurança de um condomínio. Era alguém que fez parte de um período recente da minha vida, e não aceita o fato de que eu virei a página e ele ficou no passado.
Foi muito estranho. Foi invasivo, foi dramático. Eu nunca tinha vivido nada assim.
Ele não queria ir embora, e eu calado dentro do apto, ouvindo os passos, a voz dele se recusando a sair e a do porteiro, "tentando" pacientemente conduzí-lo pra fora.
Ele insiste, atira objetos na minha janela (moro no primeiro andar), e chama pelo meu nome.
Eu apenas em silência, dentro do apto, com as luzes apagadas. Não sei como reagir. Enfrento e me imponho!? Fico na minha e aguardo tudo passar!? Chamo a polícia ou o síndico!?
Enfim ... passaram-se uns 30 minutos de agonia, que me pareceram horas. Tudo se acalma de novo.

O interfone toca, e o porteiro-sem-noção diz que ele quer falar comigo de qualquer maneira.
Meu telefone toca, eu atendo. Do lado de lá, alguém que já não reconheço.
Uma voz desesperada pede pra em ver, pede minha atenção ... quer que tudo volte a ser como foi um dia.
Parece letra de música cafona, mas na vida real tudo é muito menos engraçado.

Eu, já bravo e com raiva, reforço minha posição de "siga sua vida, e afaste-de de mim!".
Ele se acalma, vai embora. Desligamos o telefone.
Eu continuo na sala, sem acreditar em tudo oq acabo de viver. Que situação! Como assim, eu dormindo e sou acordado com um louco batendo à minha porta!!!

Depois daquilo tudo eu não consegui dormir direito, e passei o resto da noite semi-acordado.
E até agora eu ainda estou confuso, assustado, com raiva, e com medo.

Tudo agora é silêncio, e eu fiquei depois desse episódio, meio paranóico. Se o telefone toca, vem um frio na barriga. Vontade de me mudar de apartamento, de cidade ... de país!
Penso em talvez fazer uma viagem só pra me distanciar de tudo isso, ao menos nesse momento. Mas somente planejo, o trabalho não permitiria me ausentar por agora.
Me sinto impotente, sozinho, e quase vítima. Sensação que tento evitar, e procuro a força que possuo dentro de mim, pra não me abalar mais que o necessário, ou mais que o permitido. Afinal, quem ele pensa que é pra me coagir dessa forma!?!

Não durmo bem desde sábado, e hoje, segunda-feira, estou cansado. Mentalmente cansado, sabe!?
Tinha planejado recomeçar a academia hoje, focar em outras coisas que me fortalecessem, e que me ajudassem nesse processo já naturalmente dolorido, e que agora ficou ainda mais difícil.

Todo o drama desse término de relacionamento vem se arrastanto há algumas semanas. Tudo ainda muito recente, como já falei, um dia conto aqui. Por isso talvez pareça exagero da minha parte, minha reação diante do fato narrado resumidamente acima. Mas tudo tem um contexto, e essa invasão foi apenas mais um episódio nesse caítulo final. Parte do meu medo é justamente não saber se isso foi o ato final, ou terei mais alguma surpresinha na sequência.

Mas tudo bem. Eu sei que tudo passa. E acredito que tudo oq nos acontece, de alguma forma, é um aprendizado, e nos faz amadurecer. Talvez nesse exato momento eu ainda não tenha condições de me ver assim, mais maduro e fortalecido, mas daqui a pouco a ficha cai, e eu entendo a moral da história.
Vou apenas tentar não ter uma atitude derrotista, ou vitimada, diante da situação. Retomar, antes da academia, a minha força de seguir em frente, e não permitir que qualquer elemento externo, me desequilibre interiormente.
Ando tão "auto-ajuda" ultimamente!

Nenhum comentário:

Postar um comentário